quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E a vida?

A vida é o que fazemos dela. E fazemos dela o que podemos, com o que temos. A ideia é fazer o melhor possível, mesmo sabendo que poderia ser diferente. Mas, como sempre digo, cada um é o que é.

Nesta semana, no centro da cidade, avistei uma menina, de uns onze ou doze anos, que deve sofrer de gigantismo. Ela era enorme. Ela brigava muito com sua mãe, com a avó (ela os chamava assim) e bem alto, gritava “eu não sou tão gorda assim!”.

Fiquei pensando, enquanto presenciava a cena, nas dificuldades que ela terá na escola, na família, na vida em geral, por ser diferente de um padrão mais ou menos esperado. Fiquei pensando em como o mundo é regido pela média. E que a palavra mediocridade significa isso, o médio, o mediano. Todo mundo que foge da média, sofre. Todo mundo.

Se você não é maioria, então você vai ser esmagado. Porque é maior ou menor, porque está acima ou abaixo, porque tem mais ou menos do que todos. Porque é mais feliz, porque tem menos vontade, porque tem mais preguiça, ou menos desejo. Enfim, se você não é medíocre, você vai sofrer ao conviver com a maioria que, como a expressão diz, é esmagadora.

O ano está na reta final e dá vontade de fazer um balanço, de olhar para trás, de pensar no que virá.

Acho que o que vale é construir um pequeno mundo de confiança, amor, ajuda mútua, esperança e através dele, preparar o corpo e o espírito para enfrentar o grande mundo lá fora.

Esse pequeno mundo é a família que a gente constrói – isso, constrói – e os amigos que a gente conquista, a partir do que somos.

Se você está lendo é porque faz parte do meu mundo. Parte essencial do meu mundo.

No mundo lá fora, faz sol. Um ótimo fim de ano.

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