quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O trem da saudade...

Eu gosto de trens, e de toda a atmosfera do mundo ferroviário. Trens carregam consigo grandes doses de sentimento. Uma estação de trem é palco de emocionantes reencontros e dolorosas despedidas (assim como canta o Milton Nascimento). Melhor que um aeroporto, já que lá há também a tensão de voar. Dessa forma, os trens e a saudade são elementos muito próximos. Muita saudade pode começar ou terminar num trem.

Para alguns o termo “saudade” tem sido banalizado pelo colóquio: segundo eles, deveria ser restrito apenas ao sentimento por alguém (ou algo) que não volta mais. Por um tempo que não dá para recuperar. Por uma pessoa que se foi para sempre e é inacessível. Será que só assim? A saudade é sombria, mas pode ter atenuantes sim.

A palavra saudade deve ter sido criada na época das grandes navegações, para expressar o sentimento da mãe ou do(a)s amantes dos exploradores que iam para o outro lado do mundo e provavelmente não voltaria jamais, ou melhor, não havia um data provável do desejado reencontro.Sempre se tinha uma esperança de volta. O fado me parece ser a música da saudade, e não só do luto. Uma música onde a dor da ausência sangra numa ferida exposta.

Por isso mais do que restringir o uso da palavra “saudade”, tento expressa-la mesmo de forma chula, em um post. Porque saudade não é apenas de quem morreu, ou de quem mudou tanto que ficou irreconhecível. Podemos sentir saudades de nós mesmos, de pedaços autônomos de nós que perambulam pelas ruas ao nosso encontro desencontrado.

Mas, enquanto existir trem sempre haverá ao lado da saudade uma coisa ( sei lá...) chamado reencontro ( fortalecido por outra coisa chamada esperança ).

sábado, 13 de dezembro de 2008

Nó na gravata!

Sabe quando aparece àquela festa de casamento e você precisa estar em um belo terno e com uma boa gravata? Isso aconteceu comigo. Como conseqüência disso tudo veio a pergunta: - Como vou dar o nó na gravata sem pedir ajuda pra ninguém? Bem, sei que muita gente também sofre com o mesmo mal e decidi procurar na internet o auxilio necessário para tal desespero. Chegando no mundo virtual encontro de tudo, muita coisa mesmo, 80% não prestam e os demais 20% depois de uma boa seleção podem ajudar.
A necessidade da pesquisa faz com que você descubra algo que antes lhe era desconhecido, como a história do surgimento da gravata ( para o meu caso ). Quem diria que um pedaço de pano que se amarra ao pescoço tivesse uma história.

Muitos Acreditam que a gravata tenha surgido na corte de Luís XIV, o Rei-Sol.Vaidoso, o monarca francês, encantou-se com o efeito de um pedaço de cambraia branca em volta da gola dos uniformes dos soldados croatas acampados nos arredores de Paris. O acessório era usado com distintivo militar.Luís XIV mandou que o alfaiate da corte adaptasse um pedaço fino de pano branco à gola de seus uniformes. O povo francês gostou da inovação e a aprimorou: Em vez de usá-la aberta sobre o peito, amarrou-a em volta da gola.

E graças aos croatas, franceses e todos os povos que tinham pano sobrando em casa, temos que utilizar tal adereço (ou indumentária?) em nosso dia-a-dia.

Já que é IMPOSSÍVEL fugir desse elegante pedaço de pano, sugiro aqui alguns links que possam ajudar alguns marmanjos despreparados, no feito de dar nó em gravatas.

Clique aqui, aqui ou aqui.


Boa festa!

Necessidade

Depois da criação do blog, senti uma vontade tão grande de escrever que simplesmente não consigo controlar as palavras. Será que foi crise de abstinência pelo tempo que estou sem escrever? Faz anos que não coloco idéias no papel, na tela do pc ou em lugares destinados para esse fim. Bom, prometo que irei tentar voltar ao meu “normal”. Graças ao novo espaço [BLOG] entendi porque Clarice Lispector escrevia em todo canto, em todo lugar, até mesmo na própria pele para não perder as palavras. Afinal, a necessidade de escrever vem como um grito alto e forte.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Inauguração

O que devo escrever para um primeiro post num blog?
Eu nem sei, mas “relevância”, “diferença” e “conteúdo” são coisas bastantes discutidas hoje em dia. E eu lá vou saber o que é “conteúdo”? O que é “conteúdo” pra mim pode não ser pra você. Então o que escrever? O conteúdo pra mim ou pra você?
Bom, independente dessa divagação que acabei de escrever eu não sei o que postar, não tenho a mínima idéia. O que fazer nessas horas?
O que faz um blog ser bom, diferente, relevante e de conteúdo?
Será que eu devo abordar assuntos incomuns e assim gerar dúvidas e polêmicas trazendo o povo pro blog?
Não sei o que escrever no meu blog, tenho medo de não ser algo bom, diferente, relevante e de conteúdo. A minha preocupação com o ambiente externo e a vontade de “mandar bem” me inibe de criar. Já aconteceu isso com você?
“Relevância”, “conteúdo”, e as outras coisas, são feitos por quem escreve. Como eu disse, o que pode ser conteúdo pra mim, pode não ser pra você. Então pra que me preocupar? Pra me privar? Vejo gente se matando para escrever textos polêmicos ou super “bem escritos” só pra manter a atenção sobre si, mas lá no começo, quando o blog foi criado, a pessoa escrevia assim? Foi pra isso que foi criado o blog? Eu não criei um blog para entrar nesse paradigma e sim para dar minha opinião.
Se for para ter um blog assim, de “relevância”, eu prefiro ser eu mesmo.