sexta-feira, 26 de março de 2010

AMV

É fácil ficar ao seu lado, sabia?
Sentir seu abraço que parece me tirar os pés do chão. Dormir ao seu lado sentindo sua respiração tão perto da minha. Olhar seus olhos que mudam de cor dependendo da luz ambiente. Ouvir você tagarelando sobre um milhão de coisas ao mesmo tempo e tentar organizar as idéias junto ao seu raciocínio rapido.
Coisas tão simples e ao mesmo tempo tão intensas. Coisinhas que vão se entrelaçando e transformando o convívio entre duas pessoas em relacionamento. Um relacionamento leve, fácil de viver e que me acalma por dentro, por mais que muitas vezes não pareça. Tudo fica melhor, até para respirar, até para esquecer as eternas desaventuras da vida.
O mundo pesa menos e fica mais fácil sorrir.

Respeito

Respeito é bom e eu gosto.

A frase é um clichê tamanho GG, mas tem seu mérito. Porque é gostoso ser respeitado.
No mundo moderno o respeito anda perdendo a força. Somos desrespeitados como cidadãos, motoristas, pedestres. Enfim, a coisa não anda muito em alta pro lado do respeito.

Por isso mesmo senti um verdadeiro choque hoje de manhã. Eu, que sou o rei de presenciar a desorganização e o mau trato em entrevistas de emprego, tive uma boa surpresa. Da chegada à recepção, passando para a sala de reunião do escritório, fui tratado como um profissional. Me senti assim... acima de tudo gente.

Fiquei encantado. Me senti lisonjeado. Senti aquela sensação de reconhecimento genuíno de quem ocupa um lugar merecido. Me fez lembrar uma ocasião que já relatei algumas vezes, uma lição que recebi de um motorista, em uma praia, no Rio Grande do Norte. Em alguns dias de férias, passamos uma semana com um mesmo motorista que dirigia o carro para a gente. Ao final de uma das semanas mais maravilhosas de minha vida, resolvemos oferecer um almoço para ele. Nós dois, muito paternalistas e gentis, achamos que oferecendo um almoço para o motorista estaríamos demonstrando nossa "superioridade" e cortesia. De alguma forma, hoje percebo, era uma ajuda mais ou menos arrogante, de cima pra baixo, de patrão para empregado.
Pois na hora que nós fomos ao seu encontro para convidá-lo para um almoço muito bacana, num ótimo restaurante em sua homenagem, o motorista, que suportou a dupla durante toda a semana, virou-se do alto de sua dignidade e disse apenas:
- é justo!

Adorei aquilo. Aquele senso de justiça sem rebaixamento, sem puxa-saquismo, sem hipocrisia. Ele trabalhou, ele fez tudo o que tinha que fazer, foi pago para isso e estava ganhando um presente justo de um casal, ante as circustância, "favorecido" pela sociedade ( ao menos naquele momento ).

Eu me senti exatamente como o motorista. Achei justo ser bem tratado. (Na vida diária/online/etc. o respeito parece ter saído da pauta. Orkut, blogger e twitter eu sei que ele não tem…)

E além de justo, muito gostoso.

E para retribuir, vou oferecer o meu melhor. Minha forma de respeitar aqueles que confiaram em minhas habilidades será dar a eles o meu melhor.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Memória

Eu tinha pensado em um assunto muito interessante para escrever dias atrás. Daí não escrevi na hora que pensei e depois quando fui pensar de novo não lembrava sobre o que era. E continuo não lembrando. Então resolvi escrever sobre isso: o fato da memória, pelo menos a minha, estar a cada dia que passa funcionando menos. Encontrei em casa uma edição da Super Interessante que fala sobre a memória e sobre porque ela está mais curta. Não li ainda, mas já vi que lá tem uns testes de memória que só de passar o olho eu percebi que não funcionariam comigo.
Acho incrível minha capacidade de simplesmente esquecer certas coisas. Às vezes me esforço em lembrar e simplesmente não consigo. Parece que existe um buraco negro dentro do meu cérebro que me impede de lembrar o que eu quero. Juro que chega a bater um desespero.
Acho que um pouco da culpa disso é a quantidade de informação que somos meio que obrigados a armazenar. É muita coisa para uma cabeça só. Além disso, ainda existe um pouco de facilidade e comodismo. Ultimamente quando não lembro algo recorro imediatamente ao Google. O que acaba me impedindo de consultar mais a minha pobre e falha memória. Em compensação, certos acontecimentos insistem em ficar ali guardados e às vezes vêm à tona sem que estejamos preparados para aquilo.
É algo que me deixa irritado na maior parte do tempo, mas é importante demais para ser deixada de lado. Acho que o melhor a fazer é exercitá-la o máximo possível, antes que todos nós acabemos contraindo um mal de alzheimer no fim da vida.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Holi !




O Festival de Cores, ou Festival de Holi ou ainda Lathmar Holi, é uma festa tradicional indiana, que acontece sempre entre fevereiro e março por todo o país (este ano, terá início em 1º de março).

Os indianos contam que o festival surgiu há séculos antes do nascimento de Cristo, e há várias versões para a sua origem.

Um certo rei, o temível Hiranyakashyap, desejava a veneração de todos, e foi justamente seu filho, Prahlad, que decidiu adorar a uma outra entidade, Lord Naarayana. Hiranyakashyap então inconformado, exigiu a ajuda de sua terrível irmã, Holika, que tinha o poder de não se queimar, a levar Prahlad para a fogueira a fim de matá-lo. O que Holika não contava, era que esse poder era anulado, ao enfrentar o fogo acompanhada. Lord Naarayana reconheceu a devoção do jovem Prahlad e o salvou.

Uma bela história para mostrar que o bem vence o mal.

E é sobre isso que se faz o festival.

Além de, claro, ser uma ótima boas vindas para a primavera que está prestes a chegar no hemisfério norte.

O primeiro dia do festival é conhecido como Holikan Dahan (morte de Holika). Neste dia, os indianos acendem fogueiras em memoria dos jovens que escaparam do fogo como Prahlad.

O segundo dia é o principal, o dia de Holi, sempre comemorado sempre em dia de lua cheia. Neste dia as pessoas se juntam nas ruas, com sacolas de pó colorido (tinta natural) e água, colorindo uns aos outros, ao som de muita música e risadas! Uma grande festa para todas as idades!

Quem acompanhou a última telenovela da Glória Perez, sobre a Índia, teve oportunidade de ter uma noção de como é alegre o festival.

E você, já preparou o seu saquinho?