terça-feira, 30 de junho de 2009

Oi. Prazer!

Nunca é tarde para aprender um pouco mais sobre nós mesmos.
E fiz uma descoberta oficial sobre mim mesmo. Descobri que sou bom para brincar mas sou ruim para competir. Porque eu sei me divertir, mas não sei perder. Isso faz de mim um ótimo companheiro e um péssimo adversário. Ou seja, para ser feliz eu tenho que ter espaço, amigos, diversão e metas. Sou muito melhor para compartilhamento do que para disputas. Na vida, no entanto, muita coisa é competição. Não dá para viver uma vida sem entrar em confrontos, disputas, eleições. Mas é importante que a gente se conheça, que a gente saiba como é. Para domar o gênio. O mau gênio. O primeiro passo é este, admitir e confessar.
Vamos para o próximo semestre da vida!?

domingo, 28 de junho de 2009

Conjugação verbal...

Verbo Revolutear...
Gerúndio: revoluteando
Particípio passado: revoluteado

Tá esperando o que? Conjuga-me!

Ainda sobre MJ

É impossível não notar a importância e a relevância no MJ na vida de muitas pessoas. Com a confirmação de sua morte houve choro entre muitas mulheres e de alguns estagiários dizendo que seus tios costumavam colocar Who’s Bad? antes de fazê-los ‘ninar’.

Grande Michael. Embalando os momentos "REM" e "NREM" da noite de baixinhos e altinhos.

MJ

Hoje [desde semana passada] só se fala do Michael, antes pelo menos ele dividia espaço com muitos os fatos excêntricos, só que agora mais do que nunca domina as “paradas de sucesso” em todos os mundos [virtual, real, celestial?!? (bom, deixa pra lá)].

Seguindo a onda do momento também entrei no mundo encantado do MJ e, revendo algumas imagens, percebi o quanto ele se parecia com um pequinino ator do seriado americano "Julia", lá nos anos 70.

E com o tempo o Michael crescia musicalmente, teve estrondoso sucesso, teve subida vertiginosa e ganhou o título de Rei do Pop. Ao mesmo tempo em que seu poder aumentava, cresciam as notícias sobre suas atitudes estranhas , suas bizarrices, seus desvios de conduta em todos os sentidos. Durante muitos anos a palavra associada a Michael Jackson era "excêntrico". Uma pessoa fora do comum, fora do centro, como sugere o termo em sua origem.

De certa forma, todos nós aceitávamos essas excentricidades porque, vá lá, ele estava mesmo acima do normal. Era um gênio. Mas com o passar dos anos, passamos a vê-lo como uma pessoa perturbada. As notícias sobre as esquisitices de MJ pareciam corroborar os rumores sobre seus atos envolvendo crianças e as aberrações neuróticas sobre sua aparência e saúde passaram para o primeiro plano. No balanço geral seu talento inegável começou a ser subtraído de sua conta no banco dos humanos, deixando um saldo negativo até para seus fãs.
Todos nós acompanhamos tudo, não é preciso entrar em detalhes. As farsas, as maluquices.

Sua aparência transfigurada, suas feições transmutadas, fizeram de Michael um ser incerto e indefinido. Se ele fosse preencher um formulário policial com coisas como nome, endereço, sexo, idade, cor, estado civil, boa parte dos campos ficaria sem definição. Michael Jackson foi se transformando em uma criatura inclassificável.
Michael se perdeu no mundo pop, na fama, nas dívidas, nos enganos, na falsidade, nas mentiras, nas pirações pessoais, nas dificuldades secretas, nos medos e inseguranças e em todos os efeitos colaterais que costumam surgir nos tratamentos a longo prazo do Show Business. O Michael Jackson que era rei e pop desintegrou-se em vida. Restaram aquelas aparições esporádicas com fotos de suas plásticas mal-sucedidas, imagens do astro vestindo burca saindo do banheiro feminino no Bahrein, um espectro surgindo aqui e ali em lugares de contos das mil e uma noites.

Enquanto Madonna, a cinquentona poderosa e malhada, a fria e obcecada Material Girl do Pop mostrava seu lado maternal e generoso, adotando e cuidando de crianças, reinventando-se como artista apesar de suas limitações de voz, crescia como pessoa a profissional, Michael se desmanchava no ar.

Na quinta, quando o mundo inteiro fazia sua última tentativa de autoengano, acreditando que ele ressurgiria das trevas para brilhar como sempre brilhou, em cinquenta shows que todos queriam ver, Michael Jackson morreu.

O que vai acontecer agora é o que acontece com as estrelas reais do Universo.
Seu brilho é tão intenso e tão distante que mesmo depois que elas se apagam, a luz continua viajando pelo espaço causando a sensação de que a estrela ainda está lá.

Michael é uma estrela assim. Intensa e distante. Incompreensível. Sua luz vai continuar viajando e causando a impressão de que seu brilho permanece.
Vai demorar muitos anos até que este brilho se apague definitivamente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tempo: coisas e pessoas.

[Acredito nunca ter escrito tanto no blog como agora. Refiro-me a freqüência. Não sei se tou aprendendo a olhar o mundo com uma visão crítica dos fatos. Pode ser apenas uma fase meio prostituta (no estilo que dar e passa.), mas se for que seja... como dizem os escritos: “antes uma puta assumida, que uma filha da puta enrustida.” – não precisa levar ao pé da letra, é uma linguagem simbólica.]

Com o passar dos anos, um par de sapatos fica velho e seu proprietário, idoso. A flexibilidade do uso da língua fez com que "velho" se tornasse o genérico para pessoas e objetos. Poderia ser o contrário. O sapato poderia ser idoso. Mas, vá lá, sapatos não celebram aniversário. Assim, as pessoas mais simplistas, as que nunca passam do primeiro semestre de suas 'faculdades mentais' chamam qualquer coisa ou qualquer um de "velho".

No entanto, a beleza e a riqueza das palavras nos permitem separar com critério todas as nuances que denotam as características dos elementos na linha do tempo.
O que me parece é que não é a idade que mede nossa adequação ao presente, mas o ritmo de nossos passos em relação ao passar do tempo...(De novo, a beleza da língua...os passos e o passar.) Quem anda a par e passo com o tempo que passa, faz da vida um passeio delicioso às margens desse imenso rio que é o fluxo das noites e dias. O que nos mantém atualizados é o presente, o estar aqui e agora. Sem esquecer o passado, mas vivendo o presente do tempo presente.

Sendo assim, aqui e agora, desejo a você um jovem, atual, fresco e bom viver.

domingo, 14 de junho de 2009

14 de junho...

Depois de passar a metade da tarde (re)lendo textos e mais textos sobre sexualidade humana, para tá afiado, na segunda feira, para um breve debate, entro na internet e vejo que a Parada Gay é o acontecimento do dia. O tema do momento. Tudo que é site fala sobre isso. Querem reunir mais de 3 milhões de pessoas, é para ser aplaudido mesmo. E eu tolo que sou, sempre pensei que todo mundo já nascia sabendo que somos todos só, e somente só, simples criaturas humanas visitantes desse lindo balão azul...

Domingo...

Sol e chuva; roupas na máquinas de lavar; música no pc; e a mente digerindo as informações da semana que se passou ( ah, o corpo tbm responde as todas variáveis ). E ao som do Roberto Carlos (não, não é ele cantando, mas elas cantando o Roberto) - só pra constar - a mente acelera e acredito ter feito a síntese da semana:

A mente do homem é a árvore-dos-desejos - o que ele pensa, mais cedo ou mais tarde se realiza. Às vezes, o intervalo entre a idealização e a realização é tão grande que ele esquece completamente que, de alguma maneira, "desejou" o ocorrido, não percebendo a ligação. Contudo, se observar detidamente, perceberá que todos os seus pensamentos, com medos e receios, estão a determinar sua vida, resultando no paraíso ou no inferno. Sua alegria, seu tormento.

Todos somos "magos". Todos estamos a fiar e tecer o mundo fantástico onde vivemos... e aqui somos surpreendidos. A aranha é capturada em sua própria teia.

Ninguém tortura o homem senão o próprio homem. Desde que isto seja compreendido, mudanças para melhor tem lugar. O homem pode dar a volta. Pode transformar seu inferno em paraíso. Só ele mesmo é o responsável.


Como já diz a música: "Olha você tem todas as coisas. Que um dia EU SONHEI pra mim."

sábado, 13 de junho de 2009

Then and now!

Não trate como prioridade quem te trata como opção!

Frota.

Não o Alexandre, a frota de carros.
Quantos carros tem na capital mais verde do Brasil?
Fiquei assustado ao ver muitos carros circulando pela cidade em pleno feriadão.
Muita coisa.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Conflitante...

Os conflitos podem começar por qualquer motivo, um olhar, uma palavra, um som. Eles não são os motivos, mas os estopins, as gotas d'água que causam o transbordamento, os gatilhos que são apertados e disparam para matar.

Muitos conflitos podem nascer da falta de entendimento entre os interlocutores, da falta de compreensão precisa de um deles, ou da interpretação alterada dos fatos. O conflito também nasce, evidentemente, de diferenças radicais e todas outras questões clássicas das crenças humanas.

Porém, há aqui uma dimensão nova. Em alguns casos a promoção de conflitos pode resultar em promoção pessoal para os envolvidos, passando assim a ser até desejada por alguns. Num conflito, como em qualquer disputa, o nome do desafiante passa a aparecer lado a lado com o desafiado.

Na vida, a gente tem que aprender a deixar algumas coisas passarem.
Alguns conflitos são como pequenas indisposições.
A gente se cuida, descansa e passa.
Não há nada a aprender.
Apenas um momento ruim a ser superado.

PS.: Por que escrevi isso agora? Não sei. Eu sei. Abri a porta.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia das Prostitutas. Isso ainda causa polêmica?!

[ Hoje o post vai ser longo, como há muito tempo não faço. A semana foi muito corrida, muitas coisas para fazer, ler, escrever e viver.Desde segunda de madrugada tento arranjar tempo para escrever algo sobre o show do Roberto Carlos na globo, mas fiquei satisfeito com o post da Glamurosa, então relaxei. Também queria ter feito algo bem no dia das prostitutas (02/06), mas tbm só ficou na vontade e como vontade é algo que se mata, resolvi escrever agora.]

Pois bem! Como se explica que uma atividade possa ser exercida, mas não empresariada? E se médicos, jornalistas, engenheiros, empregados domésticos pudessem ser prestadores de serviço, mas fossem impedidos de ter patrões?
É contra essa esquizofrenia, e os seus efeitos, que luta o movimento de prostitutas no Brasil. Para isso, é preciso conhecer a origem desse tratamento diferenciado para as putas.Ela está na luta pela reforma moral da sociedade iniciada por um grupo de mulheres no século XIX ( lá na Inglaterra( eu acho!)), com o nome de Federação pela Abolição da Regulamentação Governamental da Prostituição.
Ainda hoje, com sede em Paris, elas insistem na mesma crença: a de abolir totalmente a prostituição, que seria fruto do machismo e da pobreza (como se todas as mulheres pobres fossem putas e países ricos vivessem sem comércio sexual), e não das complexidades da sexualidade.Esse conceito do “abolicionismo” entende a prostituta com vítima, daí não penalizá-la, mas criminalizar o empresário.
Elas podem oferecer serviços, não estão na ilegalidade, mas são impedidas de ter relação formal de trabalho com empresários e agentes, profissionais importantes para tantas outras ocupações, como as de esportista, ator, escritor, artistas. Seriam sempre exploradas, as pobrezinhas, como se todos os empresários não lucrassem com o trabalho de seus empregados. E se houver trabalho escravo, nossa legislação abrange qualquer atividade. Sistema perversoO sistema abolicionista brasileiro - e de tantos outros países que o incluíram na legislação - incentiva a corrupção (a fim de manter casas de prostituição abertas) e outros delitos, e cria ambientes marginalizados, em que, aí sim, a principal vítima é a prostituta, por compartilhar desse meio marginal.
Direitos e deveres trabalhistas, nenhum. Reclamações, nem pensar.
E agora, pior ainda: se vão tentar a vida no exterior, prevê a lei, são consideradas traficadas, mesmo que por conta própria - sempre vítimas, as coitadas. Ao contrário de outros profissionais que vão à luta lá fora.
A Rede Brasileira de Prostitutas, com 30 associações no Brasil, defende, portanto a formalização da atividade e a possibilidade de haver relações de trabalho com o empresário. Assim como um técnico de informática presta serviços a um indivíduo, em uma casa, com salário pago por uma empresa que o contrata. E defende também, é claro, a manutenção da liberdade do trabalho autônomo.
Conquistas. Algumas conquistas já foram atingidas. Entre elas, o reconhecimento pelo Ministério do Trabalho da atividade da prostituta, na Classificação Brasileira de Ocupações; ações de promoção da cidadania e de prevenção das DST/Aids, em parceria com o Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde; e a apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei que formaliza a profissão e dá direitos às profissionais do sexo, pelo deputado Fernando Gabeira.Aprovada a lei, será necessário regulamentar a prostituição.
Isso terá de ser feito de forma que não viole os direitos humanos dessas trabalhadoras. Afinal, o estigma associado à prostituição ainda é muito grande - pensam tantos que elas só podem sofrer doenças relacionadas ao sexo, daí as idéias de controle sanitário, que são bagunceiras ou taradas.O importante é que já faz 20 anos que as prostitutas assumiram o seu lugar na sociedade, organizando-se, mostrando a cara, inclusive na ousada Daspu, dizendo o que pensam e querem, denunciando e enfrentando arbitrariedades, ilegalidades e discriminação.
É uma batalha difícil. Mas é a batalha dessas mulheres cidadãs.