quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

31 de dezembro: o fim.

Há uma tensão no ar, mistura de medo e desejo do ano acabar.
Que acabe logo, então. Que passe.
Ano mal-humorado, sei lá, com cara de menino lambão.
Algumas horas para acabar dezembro e ainda vem uma chuva esquisita pra inundar cidades ( aqui faz sol e calor, mas meu mundo não é o mundo de todos ), pra matar gente à toa.
2009 não foi exatamente uma jujubinha, sério. É.
Mas não vamos reclamar porque queixas a essas alturas não vão ajudar em nada.
31 de dezembro. Poucas horas pra 01 de janeiro. Bons instantes pra ficar calado…
Ou melhor, vou reconsiderar.
Vou tirar o ‘pra ficar calado’ e dizer: um feliz 2010.
Feliz 2010!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E a vida?

A vida é o que fazemos dela. E fazemos dela o que podemos, com o que temos. A ideia é fazer o melhor possível, mesmo sabendo que poderia ser diferente. Mas, como sempre digo, cada um é o que é.

Nesta semana, no centro da cidade, avistei uma menina, de uns onze ou doze anos, que deve sofrer de gigantismo. Ela era enorme. Ela brigava muito com sua mãe, com a avó (ela os chamava assim) e bem alto, gritava “eu não sou tão gorda assim!”.

Fiquei pensando, enquanto presenciava a cena, nas dificuldades que ela terá na escola, na família, na vida em geral, por ser diferente de um padrão mais ou menos esperado. Fiquei pensando em como o mundo é regido pela média. E que a palavra mediocridade significa isso, o médio, o mediano. Todo mundo que foge da média, sofre. Todo mundo.

Se você não é maioria, então você vai ser esmagado. Porque é maior ou menor, porque está acima ou abaixo, porque tem mais ou menos do que todos. Porque é mais feliz, porque tem menos vontade, porque tem mais preguiça, ou menos desejo. Enfim, se você não é medíocre, você vai sofrer ao conviver com a maioria que, como a expressão diz, é esmagadora.

O ano está na reta final e dá vontade de fazer um balanço, de olhar para trás, de pensar no que virá.

Acho que o que vale é construir um pequeno mundo de confiança, amor, ajuda mútua, esperança e através dele, preparar o corpo e o espírito para enfrentar o grande mundo lá fora.

Esse pequeno mundo é a família que a gente constrói – isso, constrói – e os amigos que a gente conquista, a partir do que somos.

Se você está lendo é porque faz parte do meu mundo. Parte essencial do meu mundo.

No mundo lá fora, faz sol. Um ótimo fim de ano.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jujubas

Ao observar as pessoas se acotovelando entre os corredores do supermercado, para as famosas compras de fim de ano, constatei que a felicidade pode estar num simples saco de jujubas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Pessoas

Hoje é sábado.
Amanhã começa uma nova semana, pois todos sabemos que a segunda feira não tem esse nome por acaso.
Mas e as pessoas? Bem... a maioria das pessoas acha mais importante arrumar suas fragilidades que maximizar suas capacidades. Serão sempre boas, jamais ótimas...
Bom sábado. Bom fim de semana.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pensamento Eleitoral

Hoje fui (tentar) fazer meu recadastramento eleitoral, mas não deu. Havia umas "548962,2584" pessoas na minha frente e desistí, no entanto algo me veio na mente ao ver tal cenário. Sempre que alguma coisa vai mal no Brasil, o que costuma ser frequente, falamos sobre o comportamento do nosso povo. E, nessa hora, nós olhamos o povo como se não fossemos parte dele. Na hora da crítica não somos “nós, o povo”, mas eles.

Pois somos todos responsáveis, direta ou indiretamente, por boa parte da corrupção que contamina a política brasileira, da cueca à meia, passando pelo panetone. Por quê? Por muitos motivos. Começando pela nossa falta de interesse e consciência. Como ouvimos falar de corrupção o tempo todo, achamos que nem vale a pena investir em aprender e conhecer mais sobre os candidatos. Usamos a desculpa de que já são todos corruptos mesmo para justificar nossa preguiça política.

O pior fator, no entanto, está ligado a um dos aspectos positivos da nossa natureza brasileira, o humor. Humor é ótimo, nem precisamos discutir isso. Mas fazer humor e piada na hora errada é tão inadequado quanto usar a pá de lixo pra servir o almoço. Não tem graça votar em corrupto. Não tem graça votar em palhaço. Não tem graça votar em famoso só porque ele canta, dança, pinta, borda ou costura. Só se a pessoa for isso E tiver vocação e vontade política. Acontece que brasileiro gosta de fazer piada até nas urnas. E vota também porque acha “engraçado” ver a pessoa no gabinete da prefeitura, na câmara de vereadores,representando um estado ou lá em Brasília.

O problema é que assim como o feitiço volta contra o feiticeiro,o voto humorístico volta em forma de piada sem graça, como agora pouco no caso dos panetones pra crianças carentes,o dinheiro no na meia e tudo o mais.

Eu realmente espero que a transparência, a banda larga para todos, o Brasil todo conectado na rede, possa ser uma solução para um país menos corrompido. Menos. Porque a corrupção sempre vai existir em alguma proporção, já que a falta de ética e caráter existe e sempre existirá.

E aqui fica uma dica: faça humor na vida privada para não K-gar na urna eletrônica. Porque voto não é brincadeira.

Reta final

E não é que dezembro já tá no fim.
Nunca vi um mês com tanta pressa.
Também, tadinho, é o último da fila.
Fica 11 meses esperando a vez.
Quando chega está assim, todo aflitinho.
O problema é que isso contamina.
Aqui estou eu, todo dezembrado.
Desembestado, esbaforido.
Alguém avisa esse dezembro que não é bom agir assim na vida?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

12º mês do ano

Medo desse tempo que passa tão depressa.
Agora são duas forças atuando, o ano de 2009 querendo ir para frente a mil por hora e o de 2010 vindo na direção oposta. Estou sentindo o choque frontal dos dois trens.
E só agora me dei conta do tanto que ainda tenho para fazer.
Vai ser um mês puxado!
Força, coragem e vamos frente.
Que pra dar palpite na nossa vida tem muitos voluntários, mas pra resolver os problemas só tem a gente!
Um bom 12º mês do ano.

P.S.: Como diz um amigo: vamoqvamo!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O maravilhoso mundo dos Spam’s

Um dos mais clássicos tipos de Spam. Característico pela mensagem simples, direta e objetiva: “Você tem pinto pequeno. Nós podemos ajudar.”
Embora pareça uma luz no fim do túnel para os desfavorecidos pela sua não origem africana (que não é meu caso, óbvio). O Aumente seu pênis quer apenas vender bombinhas de oxigênio roubadas de asilos. Então antes de enfiar o seu órgão dentro desses equipamentos, pense no seu avô sufocando pela falta desse aparelho (se estiver usando o aparelho nesse momento e leu essa última frase, sinto muito).

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Antes que a segunda acabe...

Sabe aquela coisa bem piegas, tipo frase que vem dentro do bombom, que a parece em seu orkut como sorte do dia e diz “hoje é o primeiro dia do resto de sua vida”? Pois hoje é um bom dia para pensar nela. Segunda-feira, pós-domingo, segunda metade do penúltimo mês de 2009.

Se você não gosta de alguém, ignore-a. Não gaste suas energias vitais para destruir o que já não vale nada para você. É tolice.
E se você vai julgar as pessoas apenas por suas teimosias, opiniões infundadas ou sensações comprometidas, pare. É injustiça.
E se, ainda, você vai começar mais um dia resmungando, reclamando e promovendo a discórdia, desista. É burrice.

Inteligência é fazer o melhor com que o que é, o que se tem, o que se pode.
O resto é doença da cabeça.

Boa semana!
Hoje eu fui lá fora.
E você também?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pois então...

Eu ando filosofando muito. E a tendência é que esta disposição predomine. Deve ser aquele balanço anual que todos fazemos em torno do aniversário. Tenho percebido padrões que se repetem e se repetem e se repetem (a ênfase se justifica) – quero dizer que se repetiam - ao longo da minha vida.
Em resumo, para simplificar, eu diria que toda vez que eu encontrava alguém que visse alguma qualidade em mim, essa pessoa, seja no plano pessoal ou profissional, sempre tentava me esconder. Como se ela não quisesse que o mundo soubesse que eu existisse, nem o que eu faço. As pessoas sempre tentavam me esconder.
Logo eu, que adoro ver os resultados daquilo que faço.
Que jogo de esconde-esconde é esse onde todos me escondem e eu mesmo não me acho?
Ano novo. Atitudes novas. As melhores perspectivas possíveis.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pobreza

O problema de ser pobre é que isso ocupa seu dia inteiro.

Finados!


“Find a Grave”. Isso mesmo. Há um site super famoso da internet, que vejo todo ano. Sei, você também já deve conhecer. Bom.
O site tem, entre outras coisas interessantes, uma pequena seção de epitáfios curiosos. Coloco aqui um. É de uma senhora, muito espirituosa, que afirma: “Eu preferia estar no shopping.”
Para o feriado de finados a indicação é adequada. Assim entendo.
Se você quer conhecer, re-ver ou simplesmente olhar é só clicar: “Find a Grave.”

Feliz dia dos "Mortos" para você! Afinal, você tá vivo.

sábado, 31 de outubro de 2009

Estado mental

Sinceramente? Não sei se acredito em inferno astral. Não sei nem se acredito em inferno. O purgatório eu sei que foi um conceito criado pela Igreja Católica. Li isso num livro de boa procedência. Fato é que meu aniversário se faz próximo e o famoso mês de turbulência planetária que costuma anteceder a data do nosso nascimento concentrou-se em... uma semana.
Estou naquele estado de ânimo em que a atitude mais sensata é me trancar numa jaula e entregar a chave do cadeado para o tratador.
A vantagem é que depois de tantos fechamentos de ciclos seguidos, já tenho uma vaga noção da minha própria loucura. Sei que costumo agir por impulso. Mas isso não é necessariamente ruim. Muitas vezes o impulso é o coração gritando para ser ouvido, num contexto em que a razão quer se impor como se só ela existisse. E meu coração sempre quer falar, coitadinho.
Não sei. Não tem aquela coisa da caxumba que é perigosa para nós meninos porque desce? Então. Tenho medo que essas bactérias ou vírus de irritação de fechamento de ciclo subiram. Pro cérebro!

domingo, 25 de outubro de 2009

Simplicidade

A resposta está na pergunta e a solução no problema. Sempre acreditei. Se não estiver dentro está por perto. É só olhar em sua volta. Ou melhor, é só prestar atenção nos seus passos, no seu caminho.

E para minha surpresa, pra meu espanto, descobri que... a palavra óbvio vem do latim -> ob + via, flexionado como viam. Ou seja… no caminho, na sua via. O que é óbvio, que você já sabia, é aquilo que está onde você passa.

Infelizmente a gente anda muitas vezes distraídos, perdidos em nossos pensamentos e não conseguimos nem ver o chão onde pisamos. Pena, porque é do lado de fora que está a realidade.

Além do ‘óbvio’ tem o sinônimo ‘evidente’. Evidente, obviamente,quer dizer isso mesmo, o que e- + vident-, videns, particípio presente de vidēre, ver. Se o óbvio é o que está no seu caminho, o evidente é aquilo que está diante dos seus olhos.

Assim como nós distraídos andamos sem olhar onde pisamos, quando estamos focados em outras coisas também deixamos de ver tudo o que está na nossa cara, o evidente.

E não é só uma questão de ver ou não ver. Às vezes a gente também não escuta.

Semana passada, tive dois momentos de clareza e tudo o que fiz foi olhar o óbvio e o evidente. Fazendo apenas isso consegui resolver dois problemas. O primeiro era encontrar uma sacada, para uma apresentação. Depois de tentar vários caminhos, olhei para onde eu estava. E encontrei a resposta. Em outro momento, acredito ter encontrato um caminho para minha vida profissional. E o que eu fiz nisso tudo? Nada. Apenas levantei algo que já era evidente.

Em ambos os casos não criei coisa nenhuma. Olhei apenas. Para meu caminho e para o que estava a minha volta. E lá, no mundo real, acessível a todos, estava a resposta.

Acho que devemos aprender um pouco sobre o poder que tem a simplicidade, só assim a gente não complicaria tanto as coisas.

Olhos abertos, ouvidos atentos. E o faro? Bom, o faro... fino. Né!?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aqui estamos

[Em alguns dias a gente pensa. Em outros a gente inventa. E ai a gente tenta.]

Então eu estou aqui

E você também
Me permita ser o teu espelho esta noite
E cantar em mim o teu encanto
Tua estranheza e teu espanto
Como quem sabe no fundo
Que não há distâncias neste mundo
Pois somos uma só alma
Me permita ser esta noite
A voz que te canta e te encanta de si
Que te faz sentir-se e parar
Como que volta para casa
e resolve se amar.
Somos livres e não possuímos as pessoas
Temos apenas o amor por elas e nada mais
E é preciso ter coragem para ser o que somos
sustentar uma chama no corpo
sem deixar a luz se apagar
É preciso recomeçar no caminho que vai para dentro
vencendo o medo imaginado
assegurar-se no inesperado
confiando no invisível
desprezando o perecível
na busca de si mesmo
Ser o capitão da nau
no mais terrível vendaval
Na conquista de um novo mundo
mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
E rir pois tudo é brincadeira
Que cada drama é só nosso modo de ver
A vida só está nos mostrando
Aquilo que estamos criando
Com nosso poder de crer.
E lembrar sempre
Eu estou aqui
E você também.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Shalom. Yes, We Can!

Todo mundo ouviu, todo mundo viu. Obama foi escolhido como Nobel da Paz. Pode ter sido um pouco prematura, não vou entrar no mérito. Mas foi muito bacana!
Achei emocionante. Não só pelo Obama, ou por tudo o que ele representa, mas porque nos faz pensar que cada pessoa tem o poder de mudar o mundo, de melhorar o mundo.
O mais bacana é quando esta pessoa única, este indivíduo, é justamente aquele que conclama a todos para fazer o trabalho em conjunto, dizendo “Yes, We Can”.
E você já fez a sua parte hoje? Porque não esqueça: "You Can, too!"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Retorno

Estive longe do blog por algumas semanas. Foram dias cheios. E ainda bem!
Foi um mês de mudança na minha vida. Grandes mudanças. Uma nova forma de ver o futuro. Uma visão menos imaginária e devaneada do mundo, a vontade de ter força e ir em frente, a preparação para o que vem.
Tudo aparentemente muito confuso, mas bem explícito.
E é assim, com esta visão, que eu volto ao meu espaço.
Aqui estou! :)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vida

Já tenho alguns anos de vida e ainda não tenho certeza se o destino existe. Se as coisas estão escritas, se D'us tem um roteiro. Sei lá. Acho que não. Acho que tudo é aleatório. Mas aí eu paro e penso: álea é sorte. Acaso. E se o acaso existe, a sorte existe também. E se existe sorte, existe...destino?
Pelo amor de D'us! Confuso, eu sei.
Só sei que estou aqui, esperando para ver se o destino quer falar comigo.
A sorte, eu sei, foi dar uma voltinha.
Mas não tenho do que reclamar. Mesmo quando ela não vem pessoalmente, ela manda um recadinho.

sábado, 12 de setembro de 2009

Com licença...

Não sei o que foi que aconteceu, mas meu nível de exigência por respeito aumentou sensivelmente.
Eu não faço mal a ninguém, não me meto na vida alheia, obedeço às ordens e cumpro promessas.
Faço meu melhor para fazer tudo corretamente. Não sou uma pessoa malévola, perigosa, nefasta, nada.
Considero-me um bom cidadão.
E, diante disso, ando cada vez menos tolerante aos massacres, humilhações e injustiças que o mundo comete diariamente com a gente.
Simplesmente não aceito ser maltratado. Ou destratado. Por ninguém. Nem pessoas físicas nem jurídicas.
Deve ser a idade. O digno.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dia bom, dia bom... Bom dia!

Repito o mantra como se fosse um toc, toc, toc. Estou numa fase semi-automática, pesada, difícil,quando a gente acorda cansado e com vontade de passar o dia inteiro dormindo. O primeiro passo para vencer a preguiça eu já fiz. Estou me aprontando para ir à aula.
Viver é lutar contra os próprios defeitos.
Na semana passada, meu irmão bateu o carro no muro de sei lá quem. O carro é novo. Deu aquela dorzinha no coração. Por “menor” ( digo menor já que foi apenas coisas que o dinheiro pode pagar ) que seja o estrago tem coisas que a gente não faz, como rasgar dinheiro. Ninguém em sã consciência pega uma nota de dois reais, que seja, e rasga a nota. É dinheiro. Vem do trabalho. A gente respeita.
O problema está justamente no fato de que, bem, eu não ando em sã consciência. Porque não ando muito são e porque tenho sentido que a consciência me foge.
Me encontro destraído. Fazendo coisas indevidas. Pior: pensando!
Sabe aqueles pensamentos de coisas nada boas ligadas a você? Isso, coisas ruins. Um sentimento de revolta. Sabe aquele tipo de revolta tola e infrutífera, embora fundamentada? A revolta nasce de uma pergunta idiota, cuja resposta não existe. Como do tipo: e por que eu não fui convidado?
Independente da festa, do evento, do teste, do trabalho, do relacionamento, eu sou convidado para várias coisas. E não sou convidado para todas as outras, como qualquer pessoa. Infelizmente, como muitas outras pessoas esquisitas e problemáticas como eu, dou valor aos não convites assim como dou valor aos não elogios, muitas vezes mais do que dou aos lugares e pessoas que me prestigiam.
Essa postura negativa, nefasta e plúmbea de nossa massa cinzenta sempre resulta em problemas. Pensar porcaria, revoltar-se com bobagem, gastar energia com o que não faz sentido acaba dando nesse beco úmido e sujo, cheio de latas de lixo, como vemos nos filmes. A saída? Pular a cerca ou voltar atrás pelo caminho de onde viemos. Se preciso, voltar até a última bifurcação, por mais distante que seja. Porque há sempre um ponto onde a gente se perde no caminho.
A razão não adianda, espernear não adianta, enxergar e apontar as injustiças não adianta. A própria palavra adianda não adianta. Aliás, adianta. Porque adiantar é seguir adiante. E é para lá que eu vou.
Tenho apenas que me concentrar, desacelerar, fazer uma coisa de cada vez, me apequenar, me acalmar e perceber que não é com o terceiro cachorro-quente, do menino da “cuéinham”, que só me aumenta o colesterol cada vez mais, que vou compensar o gosto amargo do desalinhamento entre meus desejos e os rumos da realidade. Se é hora de me dar mal, beleza. Vou lá e vou me dar mal. Da melhor forma possível.
O que me falta, eu sei, é a leveza de uma frase que escutava de uma querida pessoa, que sempre dizia, com a doçura que lhe era – e é – peculiar . Frase deliciosa e delicada: "vai lá e se fode um pouco".
Portanto, com licença. Volto já. Ou não. :)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

E amanhã?

Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar

Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração

Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem
Para que flores não faltem jamais.



PS.: Eu acredito!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Profissão: Administrador

Dia 9 de setembro de 2009 estamos comemorando 44 anos da profissão de Administrador.

Parabéns a todos os profissionais desta área!

Lembrem-se: Administrar é para ADMINISTRADORES.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Dia ruim

“Tem dia que não tem jeito, ele não é presente, é perda. Nestes dias temos que recorrer ao cofre do passado e retirar a poupança das boas lembranças. Se forem insuficientes, nos restará o conforto de depositar num sonho,crendo que o futuro devolverá tudo. O que não podemos é nos tornar reféns destes dias de perdas. “(J.Ruy)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Q. I.

É perturbador e cotidiano essa coisa do Quem Indica (Q.I.) nas relações humanas. Talvez só se ganhe dinheiro e engane por algum tempo tendo apenas o Q.I. e pouco conteúdo. De qualquer forma, sem ele, a sensação que tenho é de quem está “sozinho na multidão”. É, sensação. Sentir essa invisibilidade na pele me parece terrível.

Hábitos!

É a palavra do dia. Ou foi a da noite. Como diria, e diz, J. Jelmek: “O hábito é o melhor dos servos e o pior dos senhores.

Tudo aquilo que você faz diversas vezes torna-se um hábito. Você fica bom naquilo que pratica. Porém, nem todos os hábitos nos são úteis e os maus hábitos podem se tornar senhores cruéis que sabotam o nosso bem estar. O ato de ficar adiando as coisas é um hábito insidioso e autodestrutivo que já arruinou muitas vidas.

Através da observação de si próprio, podemos nos tornar conscientes daquilo que nos faz mal, no nosso hábito de agir e de pensar. Quando nós estivermos conscientes do hábito que queremos modificar, podemos esquecê-lo e substituí-lo por um comportamento automático diferente e mais cuidadoso.

No romance de Júlio Verne, a Ilha Misteriosa, ele conta a história de cinco homens que escapam de uma prisão da guerra civil, utilizando um balão. Ao ascenderem, eles percebem que o vento os estava levando para o oceano. Vendo sua pátria desaparecer no horizonte, eles imaginam quanto tempo o balão ficaria no ar. Com o passar das horas, a superfície do oceano fica cada vez mais próxima e os homens decidem que precisam jogar fora um pouco de peso, pois não têm como aquecer o ar no balão.

Botas, casacos e armas são descartados com relutância e os tripulantes amedrontados sentem o balão subir. Porém, não passa muito tempo e se encontram perigosamente próximos das ondas novamente. Então, lançam fora a comida. Infelizmente, essa também é uma solução temporária e a embarcação novamente ameaça levar os homens ao mar. Um homem tem uma idéia: amarrar as cordas que seguram a cesta, sentarem-se nelas e livrarem se da cesta. Ao fazerem isso, o balão sobe de novo.

Finalmente, eles avistam terra. Os cinco mergulham na água e nadam em direção à ilha. Eles estão vivos porque souberam discernir a diferença entre o que era realmente necessário e o que não era.

Por que temos tanta dificuldade em fazer uma honesta avaliação das coisas que praticamos hoje? Como seria nossa vida sem elas? Então, ainda pergunto, é tão difícil sermos senhores dos nossos hábitos para que eles possam ser bons servos?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ele tá de volta

Tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que Ele, Jesus, está de volta e se pronunciará na TV. A má é que Ele teima em aparecer só na TV Record. Não entendo isso. Quando não é na Record é nos ônibus lotados, em pleno meio dia. Moço, precisando de uma consultoria estamos aí. Vamos mudar as estratégias?! Assim seja!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Transgredir, transcender; Traição, tradição.

A evolução do ser humano se dá pela transgressão de algo estabelecido. O processo de transgressão se inicia no próprio Criador, quando Ele implanta uma espécie de primeira consciência através de uma proibição.
Logo após comerem o “fruto proibido” Adão e Eva tornam-se conscientes de que estavam nus, eles se cobriram ao evidenciarem o óbvio. Pois, na verdade, não existe outro nu além daquele que se percebe nu. A nudez não se sustenta sob qualquer forma de naturalidade porque, por definição tanto bíblica como do bom senso, não há nudez na natureza. O ser humano se fez o mais vestido e o mais nu dos animais.
A partir do momento em que a consciência traz a percepção do nu ao ser humano, este passa a ter uma condição de animal moral, ou seja, ele é um nu que se vê nu e por isso precisa se esconder dos outros e de si mesmo. É este animal moral que inaugura toda moral, toda tradição, toda religião e faz com que toda sociedade se volte para “vestir” a nudez do homem.
Por “alma” não devemos entender nenhuma outra parte distinta do corpo, ela é o nosso consciente da necessidade de evoluir, a parcela de nós capaz de romper com os padrões e com a moral. O próprio texto bíblico não apresenta dualidade na essência do ser humano, mas sim a possibilidade da escolha – da obediência e da desobediência. A necessidade de uma dualidade que gera o termo “alma” se encontra nessa capacidade humana de optar entre cumprir ou transgredir. A alma seria o nome que se busca dar à presença de um elemento evolucionário do próprio corpo que, por um lado, nos impõe uma conduta rígida e comprometida com sua forma de ser, mas que, de tanto em tanto, com maior ou menor importância, trai a si mesmo e se reconstrói.
Uma vez que a imortalidade do animal se dá na reprodução, o animal moral faz da tradição um instrumento fundamental para sua preservação. A tradição é basicamente composta pela família – estrutura moldada para melhor atender aos interesses reprodutivos em determinado contexto socioeconômico; pelos contratos sociais – que proporcionam a manutenção de uma convivência com melhores condições de preservação da vida e; pelas crenças – que dão respaldo teórico e ideológico à preservação.
Todo processo de mudança inicia-se por uma traição, o traidor é um transgressor que propõe outra lei, outra realidade, outra tradição. É impossível mudar sem se expor ao erro absoluto. A mutação é imperativa para a continuidade, portanto a traição é da ordem da transcendência. Transgredir é transcender, e nossa história não teria mártires no campo político, científico, religioso, cultural e artístico caso fosse possível transcender sem colocar em risco a sobrevivência da espécie. Não há tradição sem traição, nem traição sem tradição; da mesma forma que a tradição precisa da traição, que a preservação precisa da evolução, que o acerto de hoje depende do erro de ontem, o contrário também é verdadeiro.
O traidor é sem dúvida alguém que se expõe, mas, diferentemente do que se imagina de um traidor, é bastante difícil sê-lo abertamente. Muitas vezes a palavra “fraco” é associada ao traidor, quando o que este menos representa é “fraqueza”. É preciso muita coragem para trair, porque o traidor se expõe ao revelar segredos de sua intimidade.
O traído sente no corpo a dor da transgressão e na alma a dor de seu apego, todo traído é alguém que peca pelo apego, pois uma pessoa só pode se sentir traída se está às voltas com excesso de apego. A condição de traído é a mais perversa condição de luto que pode ser vivida pelo ser humano.
Aquele que engana a si mesmo é mais perverso do que o que engana os outros. Isso porque
aquele que engana os outros está muito mais próximo de cair em si do que aquele que engana a si mesmo.
Para tudo que é compreendido como certo há, em determinadas circunstâncias, uma conduta errada que pode representá-lo melhor do que a aparentemente certa. O certo e o errado são sempre situações relativas e não absolutas. As posturas reacionárias são as que afirmam que, para cada situação e momento, há um “bom e correto” absoluto. As posturas revolucionárias, por sua vez, afirmam que “bom” e “correto” são inconciliáveis. Em posturas menos radicais, reconhece-se que a arte de viver é compreender quando o “bom e correto aos olhos do Criador” é mais “bom” do que “correto”, ou mais “correto” do que “bom”.
Transgredir é um processo, e o momento em que nos voltamos para outra direção marca um novo segmento de nossas histórias individuais e coletivas. O corpo e sua moral, por sua vez, percebem esse ato com uma “desorientação”. No entanto, transgredir é necessário. Duas coisas ficam comprometidas pela ausência de transgressão: a qualidade de vida e a possibilidade de continuidade.
A transgressão das próprias convicções é o maior desafio lançado ao ser humano que deseja evoluir, pois ele terá de sair de sua cômoda posição para a luta, que é um processo instável em busca de um novo equilíbrio. Trair a nós mesmos e nos surpreendermos conosco é algo de grande força.
Na trajetória da sobrevivência, a “mesmice” muitas vezes é o caminho curto, o mais simples, e, também, o que tem os custos mais elevados, é o curto caminho longo. Ir pelo caminho mais simples e mais curto é uma lei evolucionista, o ser humano tende a se mover na direção mais imediata e curta. Porém as chances de sobrevivência dos que percorrem este caminho são bem menores, normalmente são sobreviventes aqueles que optam pelo longo caminho curto.As encruzilhadas que a vida nos traz são de grande importância, elas são mais que meras opções de acesso pelo longo caminho curto ou pelo curto caminho longo, são opções de sobrevivência, onde o curto caminho longo pode não levar a lugar algum.
Viver exige sacrifícios, mas devemos ter cuidado para não nos sacrificarmos ao nada. Não podemos temer o que os outros irão pensar. Não devemos temer nossa própria auto-imagem, pois esta, tal como nossa moral, é um instrumento do corpo que não aceita se ver em “outro” corpo.
A vida saberá nos julgar não apenas pelas “perversidades” que acreditamos poder evitar, mas também pelas “tolices” que nos permitimos.Aquele que não faz uso de todo o potencial de sua vida, de alguma maneira diminui o potencial de todos os demais. Se fôssemos todos mais corajosos e temêssemos menos a possibilidade de sermos perversos, este seria um mundo de menos interdições desnecessárias e de melhor qualidade.
Construir algo é saber destruí-lo a seu tempo. Somente no dia em que a traição não ferir o traído ou a tradição, mas despertar ambos para novas possibilidades que se descortinam através dela, surgirá um mundo muito além da tolerância – um mundo de apreciação.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Trabalho...

Sabe trabalho? É, isso mesmo, trabalho! Aquilo que a gente faz pra... Pois então, uma vez ou outra eu faço isso. Nessa semana tá uma vez e outra também. Mas eu ainda continuo todas as manhãs ao me levantar olhando a lista dos mais ricos da Forbes. Se não encontro meu nome lá, aí sim, vou trabalhar.
Mais uma vez não encontrei. Fui. Mas volto. :)

sábado, 1 de agosto de 2009

Vida, nossa. Nossa! Vida.

Há dias em que a gente esquece que tem uma vida. E que a nossa vida é nossa. Que apesar de não termos pedido para nascer e etc., estamos aqui e nossa presença no planeta é legítima. Temos uma vida, ela é nossa, estamos vivos e podemos fazer dela o que bem entender. Podemos ir ou ficar, trabalhar ou dormir, ter ou perder. Podemos ser autônomos ou empregados, vegetarianos, budistas e torcer para o time que bem entendermos.
Porque somos (cada um ) uma pessoa, temos direitos. Temos acessos, temos passos. Pernas que andam e, graças ao bom D'us, um corpo que funciona em perfeito estado.
Podemos responder perguntas, contestar colocações, podemos nos calar. Temos uma cabeça que pensa, conhecimento repassado e recolhido.
[Sabe aquela música do Musical "Hair" ? I got Life, Pois é, poderia ficar horas discorrendo sobre tudo isso.]
Os dias passam, julho acabou e 2009 está em direção ao fim, chamando o final da primeira década do século XXI. E a gente esquece que é DONO da própria vida. E que se, amanhã, você decidir fazer um curso de aramaico, raspar careca e começar a correr, não é da conta de ninguém. Ninguém. Nem mãe, pai, irmã, mulher, namorado, chefe, vizinho.
A gente vai se apequenando, se acanhando e, como ovelha, vai obedecendo, obedecendo, até perder o desejo.
Um belo dia, como no conto famoso, você que nasceu águia percebe que virou uma galinha tonta. Tonta e obediente. Burra, maria vai com as outras. Sem energia para contestar, a gente vira um cavalinho bobo de carrossel, um passarinho de relógio cuco que de hora em hora sai pela portinha por breves segundos e volta para seu ostracismo.
É hora de viver de verdade. O bem maior é a liberdade.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Na luta do dia a dia.

Na luta do dia a dia,
Armas ninguém escolhe,
Escolhe-se o local da luta
Ou então pra onde corre.



Ps.: Não lembro quem o disse,
Nem mesmo em que circunstância,
Mas aqui fica o dito
Nem que seja como lembrança.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Gripe...

O Brasil já registrou o primeiro caso autóctone da gripe H1N1, isto é, caso em que o vírus foi contraído em território nacional. Um dos conselhos mais importantes é lavar bem as mãos, sempre. Sempre mesmo.
E bem lavadas.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que a duração da lavagem das mãos seja equivalente ao tempo de cantar duas vezes "parabéns" a você. Sem perguntinhas como "mas com ou sem o pique-pique?" :)
Ah, você sempre lava bem as mãos? Então parabéns a você também.
Isso pode ser a garantia de muitos anos de vida.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pra Vc. (Minha vitoriosa)

E assim é.
A vida é feita de rito e transição.
Assim, os rios de lágrimas que se derramam possam ajudar você a atravessar para a outra margem da vida. Para Terra do Sempre.
Também chamada Eternidade.

Obrigado, mais uma vez.

domingo, 5 de julho de 2009

Uma análise.

A adolescência é marcada pela dolorosa inquietação. A gente não sabe o que vai ser do nosso futuro.
Nos nossos vinte anos ela torna a nossa vida deliciosa. Produtiva ou não, louca ou não, tudo é festa. Ou acaba em pizza, ou em sexo, ou em ambos. Ter vinte anos é uma benção. E, de certa forma, a gente sabe disso na ocasião.
Aos trinta anos chegam as inquietações contundentes [ ao que me parece ]. Já estamos vivendo o futuro, somos sexualmente ativos, temos trabalhos e amores. Mas as perguntas são outras. São sobre os rumos e resultados.
Enquanto nutrimos nossas inquietações humanas, ora em linha reta, ora em círculos, ora perdidos, o tempo vai passando. Chega-se rapidamente aos 40.
Os quarenta anos marcam o meio do caminho, como na frase do Inferno de Dante: no meio do caminho de minha vida... É. O esperado é viver até os noventa. E nesse futebol, até 45 estamos no primeiro tempo. Tem muito jogo pela frente.
O problema é que a gente não sabe quando o Juiz vai apitar ou vai nos expulsar de campo. Pode ser a qualquer hora, com ou sem falta, com ou sem penalti.
Não é uma visão pessimista dos fatos, mas a certeza de que temos que ser o melhor hoje. Todo dia. Agora. Sempre. Estou aqui, em casa,depois de uma noite maravilhosa, pensando nisso, escrevendo. Mas sempre ligado no fato de que tudo isso que aqui está é passageiro, efêmero, como eu. E que pode acabar num sopro.
Por isso, vamos respirar profunda e lentamente. Aproveitando esse dom que é viver e absorver o ar. E devemos agradecer todos os dias em que estivermos aqui.
[ A madrugada me faz isso; pensar e repensar a vida...]

terça-feira, 30 de junho de 2009

Oi. Prazer!

Nunca é tarde para aprender um pouco mais sobre nós mesmos.
E fiz uma descoberta oficial sobre mim mesmo. Descobri que sou bom para brincar mas sou ruim para competir. Porque eu sei me divertir, mas não sei perder. Isso faz de mim um ótimo companheiro e um péssimo adversário. Ou seja, para ser feliz eu tenho que ter espaço, amigos, diversão e metas. Sou muito melhor para compartilhamento do que para disputas. Na vida, no entanto, muita coisa é competição. Não dá para viver uma vida sem entrar em confrontos, disputas, eleições. Mas é importante que a gente se conheça, que a gente saiba como é. Para domar o gênio. O mau gênio. O primeiro passo é este, admitir e confessar.
Vamos para o próximo semestre da vida!?

domingo, 28 de junho de 2009

Conjugação verbal...

Verbo Revolutear...
Gerúndio: revoluteando
Particípio passado: revoluteado

Tá esperando o que? Conjuga-me!

Ainda sobre MJ

É impossível não notar a importância e a relevância no MJ na vida de muitas pessoas. Com a confirmação de sua morte houve choro entre muitas mulheres e de alguns estagiários dizendo que seus tios costumavam colocar Who’s Bad? antes de fazê-los ‘ninar’.

Grande Michael. Embalando os momentos "REM" e "NREM" da noite de baixinhos e altinhos.

MJ

Hoje [desde semana passada] só se fala do Michael, antes pelo menos ele dividia espaço com muitos os fatos excêntricos, só que agora mais do que nunca domina as “paradas de sucesso” em todos os mundos [virtual, real, celestial?!? (bom, deixa pra lá)].

Seguindo a onda do momento também entrei no mundo encantado do MJ e, revendo algumas imagens, percebi o quanto ele se parecia com um pequinino ator do seriado americano "Julia", lá nos anos 70.

E com o tempo o Michael crescia musicalmente, teve estrondoso sucesso, teve subida vertiginosa e ganhou o título de Rei do Pop. Ao mesmo tempo em que seu poder aumentava, cresciam as notícias sobre suas atitudes estranhas , suas bizarrices, seus desvios de conduta em todos os sentidos. Durante muitos anos a palavra associada a Michael Jackson era "excêntrico". Uma pessoa fora do comum, fora do centro, como sugere o termo em sua origem.

De certa forma, todos nós aceitávamos essas excentricidades porque, vá lá, ele estava mesmo acima do normal. Era um gênio. Mas com o passar dos anos, passamos a vê-lo como uma pessoa perturbada. As notícias sobre as esquisitices de MJ pareciam corroborar os rumores sobre seus atos envolvendo crianças e as aberrações neuróticas sobre sua aparência e saúde passaram para o primeiro plano. No balanço geral seu talento inegável começou a ser subtraído de sua conta no banco dos humanos, deixando um saldo negativo até para seus fãs.
Todos nós acompanhamos tudo, não é preciso entrar em detalhes. As farsas, as maluquices.

Sua aparência transfigurada, suas feições transmutadas, fizeram de Michael um ser incerto e indefinido. Se ele fosse preencher um formulário policial com coisas como nome, endereço, sexo, idade, cor, estado civil, boa parte dos campos ficaria sem definição. Michael Jackson foi se transformando em uma criatura inclassificável.
Michael se perdeu no mundo pop, na fama, nas dívidas, nos enganos, na falsidade, nas mentiras, nas pirações pessoais, nas dificuldades secretas, nos medos e inseguranças e em todos os efeitos colaterais que costumam surgir nos tratamentos a longo prazo do Show Business. O Michael Jackson que era rei e pop desintegrou-se em vida. Restaram aquelas aparições esporádicas com fotos de suas plásticas mal-sucedidas, imagens do astro vestindo burca saindo do banheiro feminino no Bahrein, um espectro surgindo aqui e ali em lugares de contos das mil e uma noites.

Enquanto Madonna, a cinquentona poderosa e malhada, a fria e obcecada Material Girl do Pop mostrava seu lado maternal e generoso, adotando e cuidando de crianças, reinventando-se como artista apesar de suas limitações de voz, crescia como pessoa a profissional, Michael se desmanchava no ar.

Na quinta, quando o mundo inteiro fazia sua última tentativa de autoengano, acreditando que ele ressurgiria das trevas para brilhar como sempre brilhou, em cinquenta shows que todos queriam ver, Michael Jackson morreu.

O que vai acontecer agora é o que acontece com as estrelas reais do Universo.
Seu brilho é tão intenso e tão distante que mesmo depois que elas se apagam, a luz continua viajando pelo espaço causando a sensação de que a estrela ainda está lá.

Michael é uma estrela assim. Intensa e distante. Incompreensível. Sua luz vai continuar viajando e causando a impressão de que seu brilho permanece.
Vai demorar muitos anos até que este brilho se apague definitivamente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tempo: coisas e pessoas.

[Acredito nunca ter escrito tanto no blog como agora. Refiro-me a freqüência. Não sei se tou aprendendo a olhar o mundo com uma visão crítica dos fatos. Pode ser apenas uma fase meio prostituta (no estilo que dar e passa.), mas se for que seja... como dizem os escritos: “antes uma puta assumida, que uma filha da puta enrustida.” – não precisa levar ao pé da letra, é uma linguagem simbólica.]

Com o passar dos anos, um par de sapatos fica velho e seu proprietário, idoso. A flexibilidade do uso da língua fez com que "velho" se tornasse o genérico para pessoas e objetos. Poderia ser o contrário. O sapato poderia ser idoso. Mas, vá lá, sapatos não celebram aniversário. Assim, as pessoas mais simplistas, as que nunca passam do primeiro semestre de suas 'faculdades mentais' chamam qualquer coisa ou qualquer um de "velho".

No entanto, a beleza e a riqueza das palavras nos permitem separar com critério todas as nuances que denotam as características dos elementos na linha do tempo.
O que me parece é que não é a idade que mede nossa adequação ao presente, mas o ritmo de nossos passos em relação ao passar do tempo...(De novo, a beleza da língua...os passos e o passar.) Quem anda a par e passo com o tempo que passa, faz da vida um passeio delicioso às margens desse imenso rio que é o fluxo das noites e dias. O que nos mantém atualizados é o presente, o estar aqui e agora. Sem esquecer o passado, mas vivendo o presente do tempo presente.

Sendo assim, aqui e agora, desejo a você um jovem, atual, fresco e bom viver.

domingo, 14 de junho de 2009

14 de junho...

Depois de passar a metade da tarde (re)lendo textos e mais textos sobre sexualidade humana, para tá afiado, na segunda feira, para um breve debate, entro na internet e vejo que a Parada Gay é o acontecimento do dia. O tema do momento. Tudo que é site fala sobre isso. Querem reunir mais de 3 milhões de pessoas, é para ser aplaudido mesmo. E eu tolo que sou, sempre pensei que todo mundo já nascia sabendo que somos todos só, e somente só, simples criaturas humanas visitantes desse lindo balão azul...

Domingo...

Sol e chuva; roupas na máquinas de lavar; música no pc; e a mente digerindo as informações da semana que se passou ( ah, o corpo tbm responde as todas variáveis ). E ao som do Roberto Carlos (não, não é ele cantando, mas elas cantando o Roberto) - só pra constar - a mente acelera e acredito ter feito a síntese da semana:

A mente do homem é a árvore-dos-desejos - o que ele pensa, mais cedo ou mais tarde se realiza. Às vezes, o intervalo entre a idealização e a realização é tão grande que ele esquece completamente que, de alguma maneira, "desejou" o ocorrido, não percebendo a ligação. Contudo, se observar detidamente, perceberá que todos os seus pensamentos, com medos e receios, estão a determinar sua vida, resultando no paraíso ou no inferno. Sua alegria, seu tormento.

Todos somos "magos". Todos estamos a fiar e tecer o mundo fantástico onde vivemos... e aqui somos surpreendidos. A aranha é capturada em sua própria teia.

Ninguém tortura o homem senão o próprio homem. Desde que isto seja compreendido, mudanças para melhor tem lugar. O homem pode dar a volta. Pode transformar seu inferno em paraíso. Só ele mesmo é o responsável.


Como já diz a música: "Olha você tem todas as coisas. Que um dia EU SONHEI pra mim."

sábado, 13 de junho de 2009

Then and now!

Não trate como prioridade quem te trata como opção!

Frota.

Não o Alexandre, a frota de carros.
Quantos carros tem na capital mais verde do Brasil?
Fiquei assustado ao ver muitos carros circulando pela cidade em pleno feriadão.
Muita coisa.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Conflitante...

Os conflitos podem começar por qualquer motivo, um olhar, uma palavra, um som. Eles não são os motivos, mas os estopins, as gotas d'água que causam o transbordamento, os gatilhos que são apertados e disparam para matar.

Muitos conflitos podem nascer da falta de entendimento entre os interlocutores, da falta de compreensão precisa de um deles, ou da interpretação alterada dos fatos. O conflito também nasce, evidentemente, de diferenças radicais e todas outras questões clássicas das crenças humanas.

Porém, há aqui uma dimensão nova. Em alguns casos a promoção de conflitos pode resultar em promoção pessoal para os envolvidos, passando assim a ser até desejada por alguns. Num conflito, como em qualquer disputa, o nome do desafiante passa a aparecer lado a lado com o desafiado.

Na vida, a gente tem que aprender a deixar algumas coisas passarem.
Alguns conflitos são como pequenas indisposições.
A gente se cuida, descansa e passa.
Não há nada a aprender.
Apenas um momento ruim a ser superado.

PS.: Por que escrevi isso agora? Não sei. Eu sei. Abri a porta.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia das Prostitutas. Isso ainda causa polêmica?!

[ Hoje o post vai ser longo, como há muito tempo não faço. A semana foi muito corrida, muitas coisas para fazer, ler, escrever e viver.Desde segunda de madrugada tento arranjar tempo para escrever algo sobre o show do Roberto Carlos na globo, mas fiquei satisfeito com o post da Glamurosa, então relaxei. Também queria ter feito algo bem no dia das prostitutas (02/06), mas tbm só ficou na vontade e como vontade é algo que se mata, resolvi escrever agora.]

Pois bem! Como se explica que uma atividade possa ser exercida, mas não empresariada? E se médicos, jornalistas, engenheiros, empregados domésticos pudessem ser prestadores de serviço, mas fossem impedidos de ter patrões?
É contra essa esquizofrenia, e os seus efeitos, que luta o movimento de prostitutas no Brasil. Para isso, é preciso conhecer a origem desse tratamento diferenciado para as putas.Ela está na luta pela reforma moral da sociedade iniciada por um grupo de mulheres no século XIX ( lá na Inglaterra( eu acho!)), com o nome de Federação pela Abolição da Regulamentação Governamental da Prostituição.
Ainda hoje, com sede em Paris, elas insistem na mesma crença: a de abolir totalmente a prostituição, que seria fruto do machismo e da pobreza (como se todas as mulheres pobres fossem putas e países ricos vivessem sem comércio sexual), e não das complexidades da sexualidade.Esse conceito do “abolicionismo” entende a prostituta com vítima, daí não penalizá-la, mas criminalizar o empresário.
Elas podem oferecer serviços, não estão na ilegalidade, mas são impedidas de ter relação formal de trabalho com empresários e agentes, profissionais importantes para tantas outras ocupações, como as de esportista, ator, escritor, artistas. Seriam sempre exploradas, as pobrezinhas, como se todos os empresários não lucrassem com o trabalho de seus empregados. E se houver trabalho escravo, nossa legislação abrange qualquer atividade. Sistema perversoO sistema abolicionista brasileiro - e de tantos outros países que o incluíram na legislação - incentiva a corrupção (a fim de manter casas de prostituição abertas) e outros delitos, e cria ambientes marginalizados, em que, aí sim, a principal vítima é a prostituta, por compartilhar desse meio marginal.
Direitos e deveres trabalhistas, nenhum. Reclamações, nem pensar.
E agora, pior ainda: se vão tentar a vida no exterior, prevê a lei, são consideradas traficadas, mesmo que por conta própria - sempre vítimas, as coitadas. Ao contrário de outros profissionais que vão à luta lá fora.
A Rede Brasileira de Prostitutas, com 30 associações no Brasil, defende, portanto a formalização da atividade e a possibilidade de haver relações de trabalho com o empresário. Assim como um técnico de informática presta serviços a um indivíduo, em uma casa, com salário pago por uma empresa que o contrata. E defende também, é claro, a manutenção da liberdade do trabalho autônomo.
Conquistas. Algumas conquistas já foram atingidas. Entre elas, o reconhecimento pelo Ministério do Trabalho da atividade da prostituta, na Classificação Brasileira de Ocupações; ações de promoção da cidadania e de prevenção das DST/Aids, em parceria com o Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde; e a apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei que formaliza a profissão e dá direitos às profissionais do sexo, pelo deputado Fernando Gabeira.Aprovada a lei, será necessário regulamentar a prostituição.
Isso terá de ser feito de forma que não viole os direitos humanos dessas trabalhadoras. Afinal, o estigma associado à prostituição ainda é muito grande - pensam tantos que elas só podem sofrer doenças relacionadas ao sexo, daí as idéias de controle sanitário, que são bagunceiras ou taradas.O importante é que já faz 20 anos que as prostitutas assumiram o seu lugar na sociedade, organizando-se, mostrando a cara, inclusive na ousada Daspu, dizendo o que pensam e querem, denunciando e enfrentando arbitrariedades, ilegalidades e discriminação.
É uma batalha difícil. Mas é a batalha dessas mulheres cidadãs.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Eugéne Ionesco, me salva!

O que fazer quando você em uma semana horrível, se rodeia de um bando de pessoas que não conhecem quase nada de sua vida? Para impedir uma catástrofe eu me policio para não chegar à famosa "tolerância zero".

Confesso que é difícil. As pessoas não ajudam.

Sempre tem alguém pra me perguntar:
- Nossa, você fica o dia todo lendo notícias?
- Não, - tenho vontade de responder - eu passo a maior parte do meu tempo limpando a sua baia.

Outra pergunta que não aguento é o famoso "você não faz nada o dia inteiro?" Nesse momento me baixa um “Eugene Ionesco ” e eu tenho vontade de retrucar:
- Faço sim, eu cuido de um rinoceronte. Mas agora ele está na aula de Tantra Ioga e eu aproveitei pra me conectar.

E o "quando tempo você fica online?" Eu poderia dizer, 'ah, eu fico o dia inteiro, o tempo todo. Acabei de instalar wifi no chuveiro'.

Não é por nada, é por tudo. De vez em quando eu tenho saudades do tempo em que as pessoas apenas pensavam com seus botões.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ainda na segunda-feira...

E o dia?
- Nublado.
Como vai?
- Sinto frio.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Segunda-feira!

Em plena segunda-feira,as 7:00 da manhã, William (Shakespeare) olha para mim e diz:

"O tempo é algo que não volta atrás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe mande flores."

E eu... Bem, eu disse: SIM!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Virtual bem real...

Em dia de chuva e frio, alguns textos para ler, trabalhos pra concluir e resultados para aguardar sempre há no que pensar.

"O perseguidor é sempre um seguidor, revoltado de amar o perseguido e não se sentir correspondido em seu amor..."

sábado, 9 de maio de 2009

Dia das Mães

Não me emociono com os comerciais do dia das mães das Casas Bahia. Nem com o apelo comercial da data. Mãe não é índio (com todo respeito ao povo indígena, ta!) pra só querer presente, ela quer e necessita ser presente.

O dia das mães, pra mim, representa uma oportunidade de olhar para o filme de nossas vidas e de pensar no quanto ainda temos para ajustar as relações, para aprender, para mudar. E no poder gerador, criador, de cada mulher. Elas são isso, geradoras.
São elas, as mães, que ao longo da história do mundo, criaram todas essas...gerações.

Feliz dia das mães.
Feliz dia das criadoras.

P.S.:Para minha Mãe... Te amo!

sábado, 2 de maio de 2009

Um novo dia...

E assim caminho a pensar: - Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.

domingo, 19 de abril de 2009

Dedicação

A pessoa que dedica sua vida a ser contra você, ainda assim, dedica sua vida a você.
Isso tem nome: amor às avessas.

sábado, 21 de março de 2009

ENTUSIASME-SE COM O ENTUSIASMO

Hoje gostaria de escrever, mas não sei o que gostaria de falar. Sendo assim, preencho o espaço com um texo da querida Sonia Jordão. Aproveite, eu aproveitei.



ENTUSIASME-SE COM O ENTUSIASMO

Entusiasmo é diferente de otimismo.
Otimismo significa acreditar que alguma coisa vai dar certo, até torcer para que dê certo.
Mas... muitos confundem otimismo com entusiasmo.

A pessoa entusiasmada acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo, acredita em si mesmo e nos outros.

Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade.
A melhor maneira de ser entusiasmado é agir entusiasticamente.
Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois nunca teremos razões para isso.

Existem pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, para depois se entusiasmarem.

Não sabem que o entusiasmo permanente é que traz a nova visão da vida.
Você não sabe como dar os primeiros passos? É fácil!

- Domine o comodismo;
- Faça uma relação das coisas que você precisa vencer;
- Acredite que viver é constantemente começar;
- Organize as idéias na cabeça, para administrar bem o seu tempo;
- Preste atenção (no instante presente);
- Aprenda com os insucessos;
- Forme um grupo, tenha amigos, discuta seus pontos de vista;
- Procure inovar (ter visão criativa);
- Evite copiar;
- Arrisque, para conseguir algo novo;
- Seja entusiasmado com a vida, agindo entusiasticamente;
- Acredite na sua capacidade de transformar a realidade;
- Não espere saber tudo para agir. A própria ação desenvolve o saber;
- Passe do plano das lamentações para o plano da ação.
- Não espere a oportunidade chegar, vá atrás!

Os gregos diziam que a oportunidade tem cabelo só na frente e é careca atrás. Quem não pegar pela frente nunca mais pegará.
Viva!!!
Seja ousado!
Liberte seu potencial.
Acredite em você!
O mundo pertence aos ousados.

Lembre-se: não é o sucesso que traz o entusiasmo.. .
É o entusiasmo que traz o sucesso.

terça-feira, 10 de março de 2009

Sonho... Explica, Freud!

Estava caminhando numa rua, não tinha ninguém, uma alma viva. por cima do muro os gatos andavam com suas botas de plástico e um lenço branco no pescoço. Chegando no cruzamento à esquerda, um vento trouxe um bilhete que caiu dentro da minha cabeça. Alguém leu para mim. “Até meia-noite cairá uma chuva de céus.” Tinha uma coruja espiando de cima do galho e ouviu o sussurro do bilhete. Eu olhei para o céu, nenhuma nuvem anunciava chuva de nada. Depois de algumas passadas um espelho d'água se formou embaixo dos meus pés, e quando relfetiu o imenso azul eu pude ver caindo feito tempestade, uma chuva de céus de todas as cores.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Palavras Soltas

Hoje, sexta-feira, o mundo ainda ressacado pelos festejos carnavalescos, me bateu uma nostalgia. No ambiente de trabalho, com muito nada para ser feito, com “crionças” correndo e gritando sem cessar me transportei para 12 ou 15 anos atrás quando tentava escrever algo relevante (ainda tento quem sabe um dia eu chego lá...). Entre gritos, passadas incontroláveis dos pequenos juvenis, preencho o vazio branco do papel com palavras soltas de uma mente vazia.

“Minha visão, teu olhar
Minha audição, tua voz
Meu tato, tua pele
Meu olfato, teu cheiro
Meu paladar, teu gosto

Teu olhar, minha imagem
Tua voz, o meu nome
Tua pele, minha cor
Teu cheiro, meu perfume
Teu gosto, meu sabor

Em mim eu te encontro
Em ti me reconheço.”


Não me pergunte o porquê, que significa, nem o sentido disso tudo. Foi apenas uma lacuna em que o juvenil se apossou de mim. Era sexta-feira quase fim de expediente. Todo mundo tem direito de fazer besteiras em uma sexta-feira. E assim, tentei fazer algo que ainda não sei. Escrever.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

...

Alguns homens da ciência dizem que viemos do mar. Outros dizem que viemos das estrelas. Os homens da religião afirmam que somos filhos de Deus… Refletindo um pouco sobre estas origens posso concluir que temos um pouco de cada uma na nossa essência. Assim, somos deuses, capazes de amar, entre seres menores. Temos das estrelas o sonho, a ambição, os ideais. E temos do mar as marés da nossa vontade, a rebeldia das nossas ondas, o balancear dos nossos sentimentos… a água salgada das nossas lágrimas. Mas nem todos têm a força e a coragem para lidar com isso.
Hoje vejo-me aqui, depois de naufragar. Vejo que os braços ternos e suaves, que outrora abraçaram a musa do meu mar, são os mesmos braços de ferro que pregaram cada tábua partida do meu barco. Vejo que muito do meu mar são lágrimas minhas, mas aprendi a navegar nelas em busca de outros destinos.
Vejo-me como parte de uma raça antiga, corajosa… salgada em mar.
Tenho um pouco de tudo. De Deus, do mar e das estrelas.
O meu regresso é reflexo de todo o meu valor, para mim e para muitos.
Volto ao lugar que me define e que chamou por mim, durante toda a minha ausência. O mar. O meu mar.

A Humanidade

AC
DC
WC

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Traição

Hoje mais uma vez me pego em reflexão sobre o sentindo da vida. Ou seria ao sentido que damos a ela? O tema em questão foi a CONFIANÇA ( ou traição, ainda não sei, elas andam paralelamente. É possível falar de uma sem citar a outra?). Tudo começa em uma conversa entre amigos, onde todos os assuntos são apresentados sem pudores ou receios.
Ele começa com o seguinte pensamento de Nietzsche: “Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.” E a questão principal foi: Perdoar ou não perdoar?
Tudo vai bem até que você descobre que a pessoa que você escolheu foi infiel. O chão parece sumir sob seus pés e sua primeira reação é querer esganar o (a) parceiro(a). Mas você não sabe o que fazer: por um lado, sente raiva, angústia e depressão; por outro, quer preservar a relação e os bons momentos passados juntos. Complicado?
A maioria pode não querer correr o risco de recomeçar e expor-se a mais sofrimento e decepção.Virar as costas para uma relação destruída pode ser a solução mais simples ou mais razoável, a que o liberta da esperança. Mas pode também ser uma forma de não crescer, de evitar o confronto com algumas verdades amargas da vida, com o amor e com você mesmo, e de evitar assumir o terrível peso da responsabilidade de fazer a sua relação funcionar.
Vocês estão profundamente magoados devido a uma traição, mas estão confusos ou são corajosos o bastante para admitir que ainda desejam permanecer juntos, enfrentar o que em cada um de vocês levou à infidelidade, e trabalhar no sentido de restabelecer a confiança e intimidade ( será ainda possível?)
Se você decidir reatar com a seu (sua) parceiro(a), você pode, com o tempo, vir a considerar a traição não apenas como um trauma lamentável, mas como um alarme, um grito de alerta. Você pode acabar descobrindo que precisava de uma explosão nuclear como essa para pôr abaixo a sua construção anterior e permitir que uma versão mais saudável, mais consciente e madura tomasse o seu lugar.
Dado o desgaste pelo qual vocês dois já passaram, talvez não tenham mais oportunidades de testar a força do seu relacionamento. Eu os instigo a iniciar o processo, desafiar a dor e ver o que serão capazes de produzir juntos. Depois de contar até três, convido vocês dois a caminhar até o centro do ringue, remover as luvas de boxe e apertar as mãos.
E assim termino te dizendo, meu caro: "A arte de confiar nos torna frágeis, vulneráveis, e muitas vezes nos faz sofrer... Mesmo assim, confie! Ainda existem pessoas como você."

sábado, 24 de janeiro de 2009

Eu quero um poeta

Como é fácil me pegar numa daquelas discussões sem fim sobre tangíveis e intangíveis. Sobre a nossa incapacidade de dar valor ao que não conseguimos medir. E àquela absoluta ignorância da sociedade acerca daqueles aspectos ligados ao intelecto, à alma. E sempre chega a pergunta: Para que vale um médico? um advogado? Seja qual profissional for que seja incapaz de emocionar-se com uma música, uma peça de teatro, um poema... Um profissional de primeira, mas ser humano incompleto.
Você se imagina dizendo para seu chefe que “uma obra de arte é uma necessidade profunda do ser humano?” Consegue imaginar-se discutindo a obra de Renoir com aquele seu colega ali ao lado?
Nestes dias de celebridades vazias e culto ao dinheiro, quem é o tonto que vai perder tempo com uma pintura, hein? Quem é o babaca que se emociona ouvindo uma orquestra sinfônica? Quem é a bicha que fica com olhos marejados ao ler um poema? Quem é o trouxa que perde tempo lendo livros? Quem é o irresponsável que ainda acredita na “verdadeira experiência da arte”? Acho que nem eu (?).
“- Pô, meu, tô ocupado demais trabalhando pra perder tempo com essas viadagens...”
Neuroses a parte, eu ainda me emociono. Ainda me apaixono. Ainda me comovo com uma manifestação de arte, de talento, de sensibilidade... E não sou poeta! Ou será que sou poeta? Nós somos poetas? Quem são os poetas?
Vamos lançar uma campanha... “Troque seus políticos por um poeta. Transforme sua vida em poesia.” Ah, cuidado com o que vai lhe inspirar. Esqueça. Não tome cuidado, poesia é isso, a vida e os sentimentos de cada um.

Uma coisa é dizer, outra coisa é ser...

Depois de um longo bate papo, a gente aprende muita coisa:

"O que se fala nem sempre tem peso e sentido definidos, o que provoca exasperação e descrença no discurso das outras pessoas. Contudo, observando bem e escutando com atenção, até os detalhes mais imprecisos começam a tornar-se claros."

Obrigado, amigo!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Boutique da Carne

Diversas vezes, quando eu tenho uma dúvida, quando alguma coisa para mim não está resolvida ou me deixa intrigado, uso do meu instinto investigativo (sou terrível nisto) e monto o quebra cabeças!

Nada me passa despercebido: uma vírgula, um ponto, uma reticência. Analiso toda e qualquer possibilidade de entender o acontecido. Seja um problema ou não! Quando tomo minhas decisões, saiba que, em nada foram precipitadas. Tudo foi pensado e repensando em uma certa noite de insônia!

E foi a sim que descobri ( ou comprovei ) que vizinha a minha casa há um lugar onde ocorre troca de valores e/ou produtos com fim de obter lucro – comércio – até aí tudo bem... mas e se eu disser que o comércio é de carnes?! , digamos que um verdadeira boutique de carnes – vivas!. Onde o diálogo pode ocorrer de tal maneira:

- E ai rapaz, vai querer levar o que hoje? Olha, tenho uma peça de Picanha aqui, que tá uma belezura!!!!
- Tá maluco? Tá tudo muito caro.. .vou levar 500 gramas de carne moída de segunda ou quem sabe aquela Morena-Chupa-Molho mesmo...
- Pense bem... Tem um Filé-Loiraça-Belzebu que tá em promoção hoje viu?
- Hum... acho que vou levar àquela Ruiva pra fazer uma rabada!

Bacana, né?! Me sinto seguro, a rua fica movimentada ( afinal é um mercado que não há crise), os clientes escolhem o prato do dia e levam pra comer em casa e logo depois vêm deixar o refratário. Hoje, eu poderia até morar perto de um “Fast food” 24h, claro que em sistema “drive thru”( pegou, levou, comeu... ( em tradução super livre!)).

Gosto da vida, do mundo e das pessoas. Eles me surpreendem e me inspiram. Mas e você!? Maminha? Chã-de-dentro ou Chã-de-fora?