sábado, 1 de agosto de 2009

Vida, nossa. Nossa! Vida.

Há dias em que a gente esquece que tem uma vida. E que a nossa vida é nossa. Que apesar de não termos pedido para nascer e etc., estamos aqui e nossa presença no planeta é legítima. Temos uma vida, ela é nossa, estamos vivos e podemos fazer dela o que bem entender. Podemos ir ou ficar, trabalhar ou dormir, ter ou perder. Podemos ser autônomos ou empregados, vegetarianos, budistas e torcer para o time que bem entendermos.
Porque somos (cada um ) uma pessoa, temos direitos. Temos acessos, temos passos. Pernas que andam e, graças ao bom D'us, um corpo que funciona em perfeito estado.
Podemos responder perguntas, contestar colocações, podemos nos calar. Temos uma cabeça que pensa, conhecimento repassado e recolhido.
[Sabe aquela música do Musical "Hair" ? I got Life, Pois é, poderia ficar horas discorrendo sobre tudo isso.]
Os dias passam, julho acabou e 2009 está em direção ao fim, chamando o final da primeira década do século XXI. E a gente esquece que é DONO da própria vida. E que se, amanhã, você decidir fazer um curso de aramaico, raspar careca e começar a correr, não é da conta de ninguém. Ninguém. Nem mãe, pai, irmã, mulher, namorado, chefe, vizinho.
A gente vai se apequenando, se acanhando e, como ovelha, vai obedecendo, obedecendo, até perder o desejo.
Um belo dia, como no conto famoso, você que nasceu águia percebe que virou uma galinha tonta. Tonta e obediente. Burra, maria vai com as outras. Sem energia para contestar, a gente vira um cavalinho bobo de carrossel, um passarinho de relógio cuco que de hora em hora sai pela portinha por breves segundos e volta para seu ostracismo.
É hora de viver de verdade. O bem maior é a liberdade.

Um comentário:

  1. e ter a consciência disso é tão difícil. não deveria, né? acho que nos condicionamos ao auto-menosprezo.

    saudade.

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