Alguns homens da ciência dizem que viemos do mar. Outros dizem que viemos das estrelas. Os homens da religião afirmam que somos filhos de Deus… Refletindo um pouco sobre estas origens posso concluir que temos um pouco de cada uma na nossa essência. Assim, somos deuses, capazes de amar, entre seres menores. Temos das estrelas o sonho, a ambição, os ideais. E temos do mar as marés da nossa vontade, a rebeldia das nossas ondas, o balancear dos nossos sentimentos… a água salgada das nossas lágrimas. Mas nem todos têm a força e a coragem para lidar com isso.
Hoje vejo-me aqui, depois de naufragar. Vejo que os braços ternos e suaves, que outrora abraçaram a musa do meu mar, são os mesmos braços de ferro que pregaram cada tábua partida do meu barco. Vejo que muito do meu mar são lágrimas minhas, mas aprendi a navegar nelas em busca de outros destinos.
Vejo-me como parte de uma raça antiga, corajosa… salgada em mar.
Tenho um pouco de tudo. De Deus, do mar e das estrelas.
O meu regresso é reflexo de todo o meu valor, para mim e para muitos.
Volto ao lugar que me define e que chamou por mim, durante toda a minha ausência. O mar. O meu mar.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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seja bem-vindo.
ResponderExcluir=)
É bem místico né?? E as comparações se reportam a coisas infinitas.................... Legal.
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